segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sol Paragliders, cliente da KWB, aparece em matéria do Fantástico

Veja o maior festival de voo livre do mundo, na França.


A gente vai voando direto para a França mostrar pra você o maior festival de voo livre do mundo! E nesse show aéreo tem brasileiro! São os recordistas mundiais de distância em voo de parapente. Os gigantes silenciosos e os pequenos barulhentos. Tudo o que sai do chão tem lugar no vilarejo de Saint Hilaire, no interior da França. Os voadores estão com um equipamento cada vez mais estranho na Copa Ícaro. Esse nome é inspirado na mitologia grega, no tempo em que os deuses tinham a fantasia de voar. Hoje, os homens é que voam fantasiados no maior carnaval aéreo do mundo. Aqui, todos os anos centenas de pessoas decolam de parapente. Levam para os céus fantasias que voam, desafiando as leis do impossível. O espanhol Horácio Llorenz veste a fantasia de super-herói, na vida real. Ele é o campeão mundial de acrobacias no parapente. Ao lado do búlgaro Veso Ovcharov, Horácio percorre o mundo fazendo acrobacias, em busca de novos ventos e paisagens. O espanhol é especialista na manobra mais perigosa. Virando de cabeça para baixo, corre o risco de cair em cima do parapente, e ficar preso nas linhas. Às vezes não é possível nem abrir o para-quedas reserva, ele diz. “Já perdemos muitos amigos dessa maneira”, diz Horacio. Na cordilheira do Himalaia, no Nepal, Horácio bateu o recorde mundial: 281 giros consecutivos. O voo virou filme, uma das atrações do festival de cinema que acontece ao lado da Copa Ícaro. Na platéia, o brasileiro Rafael Saladini espera para ver ele mesmo na tela, personagem de uma grande aventura. O filme Ciclos conta a história de um recorde mundial: o voo de parapente mais longo do mundo. Em 2007, Rafael e outros dois pilotos fizeram história sobrevoando o sertão nordestino. Terra de ventos fortes e traiçoeiros no interior cearense. Durante a exibição do filme, o público francês se espantou com os perigos de Quixadá. E se encantou com a história desses três brasileiros. Ou melhor, quatro. O gavião Euclides mora ao lado da rampa e ajuda os pilotos em busca do vento perfeito. A busca do recorde durou um mês. Mês de perigos, de fracassos, de longas noites à espera do resgate. “A gente quase desistiu. Eu quase larguei tudo, fui embora para minha casa, para ver minha família”, conta Rafael. Ainda bem que eles continuaram. No último dia de tentativas, Rafael Saladini, Frank Brown e Marcelo Prieto voaram 461 quilômetros, entre Quixadá, no Ceará, e Santana Velha, no Maranhão. O documentário foi premiado no festival com o troféu de melhor conquista esportiva. A vida nos ares é mesmo bem diferente. O Brasil deixa para a França o título de país do carnaval. E fica com o de recordista mundial.